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Dimensão prosperidade ambiental: aspiração e performance.
2.022
Nova Lima, MG: Fundação Dom Cabral, 2022.
81 p.
VIANA, Virgilio Mauricio; LAMEGO, Viviane Barreto de Azevedo; WEIGAND JUNIOR, Ronaldo; MACIEL, Bruno Amorim. FUNDAÇÃO DOM CABRAL. Imagine Brasil.
Livro Eletrônico / E-Book
VIANA, Virgilio Mauricio; LAMEGO, Viviane Barreto de Azevedo; WEIGAND JUNIOR, Ronaldo; MACIEL, Bruno Amorim. FUNDAÇÃO DOM CABRAL. Imagine Brasil.
Para alcançar a prosperidade do Brasil, a dimensão ambiental do nosso
projeto de país deve ocupar um lugar central e estratégico. O debate nacional
não deve ficar limitado ao crescimento da economia e às políticas sociais: é
necessário rever os paradigmas e considerar as inter-relações dessas agendas
convencionais com a prosperidade ambiental. Enfrentar a complexidade
dessas inter-relações requer uma abordagem sistêmica, capaz de integrar
todas as dimensões do desenvolvimento sustentável.
A recuperação econômica deve estar baseada no desenvolvimento de uma
economia verde, de baixa emissão de carbono, e inclusiva. Deve-se buscar a
geração de milhões de empregos na restauração ecológica, na recuperação e
na conservação ambiental, assim como na modernização verde dos processos
produtivos da nossa agropecuária, indústria e serviços , de modo a reduzir os
seus impactos negativos e favorecer os positivos. É essencial descarbonizar a
nossa economia, com metas setoriais e com um mercado de carbono nacional
que seja compatível com o arcabouço internacional.
As metas econômicas devem estar conectadas aos condicionantes ambientais
e à redução das desigualdades sociais. Não faz sentido defender o crescimento
do PIB para depois pensar em reduzir desigualdade e limpar a sujeira e a
degradação ambiental.
A governança deve ser repensada dentro de um paradigma novo, alicerçado no
fortalecimento da democracia e das instituições. A má gestão pública, marcada
pela ineficiência, ineficácia e corrupção, é um obstáculo a ser enfrentado de
forma séria e eficaz.
Para construir a prosperidade ambiental, o País deve restaurar e recuperar
aquilo que foi indevidamente destruído, especialmente na Mata Atlântica e na
Caatinga, e estancar o desmatamento e a degradação dos nossos ecossistemas,
especialmente na Amazônia, Pantanal e Cerrado. Ao mesmo tempo, o Brasil
deve recuperar e restaurar as nascentes dos nossos rios e despoluir as nossas
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águas doces e salgadas. Além disso, tem que despoluir o nosso ar, reduzindo
tanto a poluição derivada da queima de combustíveis fósseis quanto a das
queimadas e incêndios florestais.
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